A influência das exposições solares na Quinta dos Murças

A influência das exposições solares na Quinta dos Murças

Cedo percebemos que as características de um lugar como a Quinta dos Murças acabam por ser muito importantes na definição do carácter dos nossos vinhos. As diferentes exposições solares e a altitudes são dois desses elementos determinantes na definição do perfil de um vinho.

A Quinta está localizada no início da sub-região do Cima Corgo, mais próxima da sub-região do Baixo Corgo e, por esta zona ser uma parte mais fresca do Douro, é essencial termos vinhas com melhores exposições solares para garantirmos uma boa maturação das uvas.

Para compreendermos melhor esta influência do sol, colocámos máquinas de filmar em quatro vinhas e deixámo-las a gravar. Observámos a movimentação do sol nas vinhas de origem do Murças Minas, Reserva, Margem e VV47 durante 14 horas e este trabalho permitiu-nos reforçar algumas ideias e tirar importantes conclusões.

As nossas vinhas orientadas a Norte, como a vinho do Assobio, estão mais protegidas do sol e, por isso, dão origem a vinhos mais aromáticos e menos maduros, com acidez e fruta viva.

As vinhas do Campo Redondo e Minas têm uma exposição Sul/ Sudeste. Com vinhas verticais e exposta ao sol muitas horas por dia, dali nascem uvas com grande concentração.

Algumas parcelas da Vinha do Rio, Vinha de Vale Figueira e do Assobio estão plantadas em encostas com exposição a Poente onde têm mais horas de sol durante a tarde, quando este é mais quente. Isto resulta em uvas com maior concentração e maturação que se traduzem em estrutura e fruta mais madura.

A altitude pode reforçar ou equilibrar a exposição. As vinhas a maior altitude, acabam por receber mais frescura. As zonas mais próximas do rio, com uma altitude inferior, estão sujeitas a temperaturas superiores, originando vinhos potencialmente mais quentes, concentradas e de maior maturação.