“‘Há 10 ou 12 anos, toda a gente queria vinhos frutados, mas, agora, a audiência global para os vinhos alterou-se. Querem vinhos como os de talha, que acompanhem melhor a comida e que tenham um sabor mais mineral e vegetal, mais complexo, sem tanta fruta ou notas de carvalho’, argumentou.
‘Na zona onde vivo, na Nova Zelândia, há duas pequenas adegas e já têm duas talhas. E a maior empresa de vinhos do país também já tem algumas talhas. A minha previsão é que, dentro de 10 anos, quase todas as adegas por todo o mundo tenham talhas e comecem a produzir estes vinhos’, alertou.
Em Portugal, segundo a Comissão Vitivinícola Regional Alentejana (CVRA), o ‘grande guardião’ dos vinhos de talha tem sido o Alentejo, que soube “preservar até aos dias de hoje este processo de vinificação desenvolvido pelos romanos” e que terá chegado à região há dois mil anos.
A CVRA, em 2011, reconheceu este método de produção e incluiu o vinho de talha na Denominação de Origem Alentejo, passando a assegurar o seu controlo de origem, ou seja, que é feito com uvas da região, e a certificar a qualidade do mesmo.”
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