Tinta Roriz, Tinta Amarela, Tinta Barroca, Touriga Nacional, Touriga Franca e Sousão são as castas que fizeram o vinho sobre o qual aqui falamos: Murças Reserva 2011. Um legado de Baco cuja essência advém das uvas de parcelas de vinhas velhas, datadas de 1947, da Quinta dos Murças, propriedade histórica e agrícola, de 1714, com 160 hectares e que se estende ao longo de 3,2 quilómetros no eixo Pinhão – Peso da Régua, na paisagem serpeante da margem direita do rio Douro.

Situadas a 100 e 300 metros de altitude, as parcelas vinhas velhas, que “carregam” as castas tradicionais do Douro, são submetidas a práticas agrícolas sustentáveis, sendo as uvas colhidas à mão, vinificadas em lagares de granito, com recurso ao pisa a pé e prensadas numa antiga prensa vertical.

Aos entendidos na matéria, aqui fica uma resenha dos processos que se seguem na feitura deste vinho – após a fermentação em lagares, o vinho permaneceu 12 meses em barricas de carvalho francês e americano usadas, e engarrafamento em junho de 2013, sendo submetido a um estágio prolongado em garrafa.

Os “autores” do vinho foram os enólogos da casa: David Baverstock e Luís Patrão, que referem a grande longevidade com uma das características a reter sobre este Murças Reserva 2011, que recebeu 94 pontos no mais recente Buying Guide da reconhecida revista de vinhos Wine Enthusiast.