Uma região de subtilezas

Uma região de subtilezas

É a região vitivinícola com a maior diversidade de tipos de solos: graníticos, derivados de calcários cristalinos, mediterrânicos pardos e vermelhos e xistosos. Marcada por suaves planícies e vales pouco profundos, escavados por ribeiras intermitentes, clima mediterrânico e algumas zonas de microclima continental, e constante presença de campos de cereais, das vinhas e dos olivais.

Os Verões são quentes e secos, normalmente com mais de 20 dias acima dos 35ºC. As Primaveras e os Outonos são amenos, com muitos dias de sol. E os Invernos, pouco rigorosos, são os meses mais chuvosos, usualmente abaixo dos 80mm de precipitação, e com temperaturas médias acima dos 10ºC, mas amplitudes diárias que podem ser superiores a 20ºC.

Estas características definem profundamente a fauna, flora, paisagem, arquitectura e as gentes do Alentejo.

Esta Denominação de Origem Controlada (DOC) é composta por 8 sub-regiões com longa tradição na produção de vinhos: Borba, Évora, Granja-Amareleja, Moura, Portalegre, Redondo, Reguengos e Vidigueira.

De todas as sub-regiões alentejanas escolhemos Reguengos de Monsaraz por ser aquela que nos dava garantias de conseguir produzir vinhos encorpados mas elegantes, cheios mas sedutores, graças ao misto de solos muito pobres e pedregosos e ao clima duro. É aqui que os vinhos alentejanos se mostram mais equilibrados e sedutores, simultaneamente pujantes e aprazíveis, viçosos e com uma boa capacidade de guarda.

Na Herdade do Esporão encontram-se quase 1000 hectares de área florestal onde predomina o montado com muitas azinheiras e alguns sobreiros, matos de estevas e rosmaninho, prados que variam de cor conforme a estação do ano e a vegetação ribeirinha que varia entre freixos e loendrais e zonas abertas de salgueiros e caniçais, ao longo do traçado da ribeira da Caridade e dos limites ocidentais vincados pelo rio Degebe – as duas linhas de água que dão vida à herdade e sustentam a sua produção. Existem também áreas de plantação de pinheiro manso que estão em fase de reconversão/restauro para montado misto.

Estes ecossistemas florestais representam o legado natural da herdade e albergam espécies tão carismáticas como a cegonha-negra, a lebre ou a raposa que por ali vagueiam. A riqueza florística que varia em composição com as estações do ano está patente em muito do que o Esporão representa, como é o caso dos apontamentos olfativos de rosmaninho no mel que produz, nas folhas, frutos e raízes que com frequência saltam do campo para os menus do restaurante, ou até nas orquídeas silvestres que aparecem no fim do Inverno, que nascem sob o abrigo das azinheiras no montado e perto das ribeiras.

No coração da herdade está a área da albufeira, com 120 hectares, que serve os propósitos de represamento de água, gerida de forma cuidada e com recurso a sistemas inteligentes de controlo de qualidade e intensidade de uso, que acaba por ter a dupla função de amenizar o clima local e de funcionar como refúgio de biodiversidade, tanto no corpo de água como nas margens paludosas e recantos adornados de vegetação ribeirinha.

Este ecossistema, nascido das necessidades da produção industrial, é hoje um santuário seminatural, onde já foram avistadas cerca de 90% das aves de todo o Alentejo, para além de residência permanente de patos, mergulhões, galinhas-de-água, lontras, entre muitas outras espécies.

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