O Esporão Reserva levou-nos a inovar, a crescer, a olharmos para a nossa terra, a preocupar-nos com a natureza e a ver mais além. Construímos novas adegas, adoptámos práticas agrícolas sustentáveis – e mais recentemente convertemos todas as nossas vinhas para agricultura biológica – e voámos para outros mercados, levando o Alentejo para o mundo.

Hoje é um clássico da cultura do vinho em Portugal que ultrapassa o que está dentro de uma garrafa. São mais de 35 anos de muitas histórias que nos levam à sua origem – a Herdade do Esporão. E a arte que o acompanha em cada rótulo ilustrado por um artista, trouxe-lhe uma maior dimensão cultural.

Celebramos o Esporão Reserva e a sua herança recuperando histórias e colheitas que ficaram na memória de quem conhece este vinho melhor – a equipa do Esporão.

Em 1985 tínhamos uma adega pronta a estrear e queríamos fazer algo único no Alentejo, com qualidade. Começámos a olhar mais para a nossa terra, para os solos e para as vinhas. Investimos e inovámos no campo e na adega. E o Esporão Reserva Tinto nasce neste momento de evolução e vem impulsionar o nosso crescimento. Produzido com detalhe desde o primeiro momento, marca o começo de uma história que se prolonga até ao dia de hoje.

Esta primeira colheita ilustrada por Dórdio Gomes – um dos grandes pintores da altura -, inicia a tradição de convidarmos um artista a desenhar o rótulo de cada colheita. Uma ligação entre o vinho e arte que acabou por vir a fazer parte da cultura portuguesa.

José Roquette, co-fundador Esporão

Esta colheita está no meio de duas muito características que quando fazemos provas verticais sobressaem bastante – 2009 um ano quente e 2011 um ano clássico -, mas para mim este é um vinho muito especial.

O ano agrícola de 2010 não foi particularmente interessante e quando estávamos a fazer o Reserva adicionamos uma parte do lote de Syrah e Alicante Bouschet, uma vez que esse ano não lançamos Private Selection. Conclusão da história? Este vinho acabou por ser beneficiado por estes lotes que o tornaram mais intenso e complexo. Passados onze anos, está mais elegante do que nunca. O tempo só o tem tornado ainda mais especial.

David Baverstock, Director de Cultura e Educação Vínica