Uma breve história

Uma breve história

A pouco mais de 170 km a sudeste de Lisboa, junto à histórica cidade de Reguengos de Monsaraz, deparamo-nos com uma típica paisagem do Baixo Alentejo. É aqui, por entre suaves planícies e vales pouco profundos escavados por ribeiras intermitentes, campos de cereais, vinhas e olivais que encontramos a Herdade do Esporão.

Os montes e pequenos povoados de casas caiadas guardam em si a memória de uma vivência que vem da pré-História das antas e dolmens e foi progredindo pela mão dos iberos, romanos, visigodos, muçulmanos e outros tantos que por aqui passaram.

A história medieval da região começa com a reconquista cristã de Monsaraz e da baixa de Reguengos em 1232 – desde então que o vinho e o azeite são marca indelével da região. Só em 1267 é que os limites geográficos da Herdade do Esporão (inicialmente Defesa do Esporão) foram definidos, tendo-se mantido praticamente inalterados até hoje, apesar de este ter sido um lugar de sangrentas batalhas e de feitos heróicos ao longo de quase nove séculos de existência.

Soeiro Rodrigues, juiz da cidade de Évora, terá sido o primeiro dos muitos proprietários, entre os quais se incluem o mestre de Santiago Rodrigues de Vasconcelos, o Morgado D. Álvaro Mendes de Vasconcelos (que terá erigido a Torre do Esporão) e os condes de Alcáçovas, que mantiveram a propriedade na família até 1973, ano em que a venderam a José Roquette e Joaquim Bandeira.

Em 1985, realiza-se a primeira colheita que dá origem à marca Esporão e ao primeiro vinho produzido pela, então, Finagra, S.A.. Em 1989, inicia-se o processo de exportação de vinhos, estendendo-se, hoje, a mais de 50 mercados internacionais.

Oito anos depois, Esporão entra no mercado do azeite com a aquisição da SPAZA (Sociedade Produtora de Azeites do Alentejo) – actual Esporão Azeites.

Esporão Reserva Branco 1985
No centro da Herdade do Esporão erguem-se três monumentos históricos: a Torre do Esporão, o Arco do Esporão e a Ermida de Nossa Senhora dos Remédios, esta última ligada a um intenso e devoto culto popular na região que leva as gentes da terra em procissão sempre que a chuva tarda em chegar. A Torre do Esporão, símbolo de afirmação na sociedade e exibição de poder militar, é uma das torres mais importantes na ilustração da transição da idade medieval para a idade moderna em Portugal.

Parte de um vaso recuperado no Complexo Arqueológico dos Perdigões
Mas se na Herdade do Esporão uma viagem ao passado nos conduz à Idade Média, na Herdade dos Perdigões (adquirida em 1995), a escassos 5 km de distância, a mesma viagem conduz-nos à memória do Neolítico e do Calcolítico, remetendo-nos para os anos 4.500 até 2.000 antes de Cristo, quando a região abrigava um complexo habitacional e cerimonial que ocupa cerca de dezasseis hectares.

Hoje, o complexo arqueológico é um sítio de referência para a investigação da pré-história europeia recente.

Conheça melhor a História do Esporão contada por quem dela faz parte, através da série de mini documentários “História de uma vida”, criados por Jorge Vaz Gomes.

Herdade do Esporão

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