No artigo “Campanha alerta que estes podem ser os últimos meses do Tua“, de Luísa Pinto, contrapõem-se os dois lados da moeda: a posição dos defensores do Tua e a dos responsáveis e participantes da obra.

Aquela que parece uma causa perdida é, para a Plataforma Salvar o Tua, para o Esporão, para todos os que vivem junto da área de influência do Tua e para todos os que com a causa se identificam, uma batalha na qual vale a pena investir tempo, recursos e, acima de tudo, coração.

Exemplo disso são os testemunhos que se podem ler ao longo do texto:

“O Esporão investiu 60 mil euros do seu orçamento de marketing para custear esta acção de sensibilização, referindo fazê-lo não apenas porque está preocupado com a qualidade do azeite e do vinho que quer continuar a produzir com origem no Douro, mas por uma questão de consciência ambiental e de participação cívica. “Se não chegarmos a ganhar esta batalha, e a barragem for construída, sei que não perderei tanto como aquelas quatro pessoas que Jorge Pelicano nos revela nos seus filmes. Eu vivo em Lisboa, não sofrerei tanto o impacto directo. Mas acredito que será todo o país que perde””, refere João Roquette, CEO do Esporão.

João Joanaz de Melo também se mostrou indignado e reforçou a posição dizendo que “valorizar a região do Tua e do Douro, fomentar o emprego e o crescimento económico não se faz com a construção de barragens, como argumenta a EDP, ou como tem defendido a Agência para o Desenvolvimento da Região do Vale do Tua (ADRVT). “Faz-se com a valorização dos recursos naturais, como tem feito o Geoparque de Arouca e o movimento turístico à volta do rio Paiva”, diz o presidente do GEOTA.

Ao lutar pelo Tua, pretende-se também alertar para situações idênticas e, para tal, nunca é tarde demais. É com essa noção que o artigo termina, ao partilhar uma citação de João Roquette: “O Tua é um preso inocente que está no corredor da morte, a aguardar a injecção letal. Enquanto ela não acontecer, há esperança”, termina João Roquette.

Artigo completo, aqui.