Com um estilo contemporâneo e perfil elegante e intenso, estes vinhos mostram o caracter de talhões seleccionados e bem definidos na Herdade.
A Primavera teve temperaturas mais baixas e maior humidade do que em anos anteriores – condições climatéricas ideais para as doenças fúngicas nas videiras, implicando um cuidado acrescido nas vinhas para evitar os ataques de míldio. As temperaturas mais frescas nesta altura do ano proporcionaram um período de crescimento vegetativo mais longo e, apesar do calor que se fez sentir a partir de Julho, o início da vindima aconteceu cerca de 10 dias mais tarde do que o habitual. O tempo quente continuou ao longo da colheita, a qualidade da fruta foi excelente e, apesar do calor, os níveis de açúcar permaneceram normais, com a acidez um pouco mais baixa do que o normal.
GEOLOGIA DO SOLO
Natureza granítica/xistosa, estrutura franco-argilosa
IDADE DAS VINHAS
10 anos
Desengace, choque térmico, breve maceração pelicular, prensagem, fermentação com temperaturas controladas em cubas de inox, centrifugação, estabilização, filtração.
No século XIII, D. João de Aboim, descendente de Egas Moniz e figura central no tempo do rei D. Afonso III, formou, a partir de vários territórios doados pelos concelhos de Monsaraz e de Portel, a Defesa do Esporão – uma das mais antigas propriedades no Sul de Portugal.
As Defesas eram grandes propriedades coutadas, defendidas das pastagens de gado vindo de outras paragens, e estão directamente ligadas à formação de Portugal, no período da reconquista cristã do Sul. Exemplos de sistemas agrosilvopastoris, as Defesas caracterizavam-se por uma diversidade de utilização. Derivando do bosque mediterrânico, as Defesas conquistaram, nesses tempos fundadores, terrenos aos bosques para pastagens.
A Defesa do Esporão foi um dos grandes exemplos deste tipo de propriedades ligadas à formação de Portugal. A sua delimitação por carta de finais do século XIII, guardada na Torre do Tombo, permanece até hoje inalterada com séculos de práticas agrosilvopastoris, baseadas na conservação da biodiversidade e numa multifuncionalidade que o Esporão continua hoje a eleger como boa prática na protecção do nosso ecossistema.
David Baverstock e Sandra Alves
Cor rosada muito viva.
Aroma de frutos vermelhos frescos que lembram a cereja e discretos apontamentos vegetais.
Paladar intenso com notas de framboesa, num conjunto equilibrado, firme e persistente.