A tradição de comer polvo fixou-se, inicialmente, em zonas longe do litoral pela facilidade de conservação. O polvo era seco e, depois, quando necessário ao consumo, era mergulhado em água por umas horas, antes de ser confeccionado.

Talvez por isso haja receitas de polvo em todo o território transmontano e é ele o alimento escolhido para a consoada em algumas partes de Trás-os-Montes e Alto Douro.

Mas associadas ao polvo estão as várias “pistas” para ser cozido e ficar tenro. Há quem afirme que a introdução de rolhas de cortiça na água de cozedura resolve a questão, como há outros que batem o polvo várias vezes, outros que colocam casca de cebola, e os mais modernos que consideram a panela de pressão o instrumento maravilha. A questão aqui é que o polvo tem fibras e as fibras têm de ser quebradas para que não fique duro.

Antigamente tinha-se mesmo de bater no polvo para quebrar as fibras, hoje basta o congelamento para que as fibras quebrem naturalmente.