A Lampreia é um ciclóstomo porque tem uma boca circular e é desprovida de mandíbula.

Nasce nos rios, onde permanece durante quatro a cinco anos como larva, até se tornar animal adulto, descendo depois para o mar, onde irá viver entre os 200 e 500 metros de profundidade, até atingir a maturidade sexual. Quando já medem entre os 80 a 100 centímetros e pesam cerca de 1 quilo, voltam ao rio para desovar.
É um animal estranho, mas bastante apreciado, alimenta-se de sangue e não tem escamas. No Rio Minho são muitas as famílias que têm a pesca da Lampreia como sustento, uma pesca sazonal de Janeiro a Abril.

A lampreia permite quase todas as preparações, dos livros de cozinha das avós às tendências nos nossos tempos, onde já podemos ver a lampreia em rissóis e empadas e até em sushi. A lampreia admite quase tudo – assada, em arroz, seca, cozida, de escabeche, e a famosa lampreia à bordalesa, um guisado originário de Bordéus que se adaptou ao Minho, trocando o vinho de Bordéus por verde tinto, razão pela qual a chef Margarida Rego, não concorda com esta designação, entendendo que os minerais da lampreia se adaptam muito melhor a um vinho do Douro.