Murças Reserva 2011: O carácter duriense, uma vez mais, premiado

Murças Reserva 2011: O carácter duriense, uma vez mais, premiado

No passado dia 13 de Maio, o nosso Murças Reserva 2011 recebeu a Medalha de Grande Ouro do Concurso de Vinhos de Portugal. Mais de 145 enólogos e sommeliers, provenientes de várias regiões de Portugal, e especialistas de vários mercados, provaram 1.350 vinhos nacionais, dos 383 produtores que participaram no concurso.

No total foram atribuídas 29 medalhas Grande Ouro – das quais, 18 foram para a região do Douro -, 58 Ouros e 246 Pratas.

Este foi o mais recente prémio atribuído a este tinto da Quinta dos Murças (Cima-Corgo), que já havia sido premiado, em Fevereiro, com outra Medalha Grande Ouro, na 18º edição do Mundus Vini Spring Tasting (onde foram avaliados mais de 5 mil vinhos de todo o mundo). Nesta prova, Portugal ficou classificado em terceiro lugar, logo a seguir a Itália e Espanha. Este reconhecido concurso atribuiu um total de 2.063 medalhas, das quais 39 eram Grande Ouro.

Em Novembro de 2015, a qualidade, a consistência e o perfil dos vinhos da Quinta dos Murças foram reconhecidos pela revista norte-americana Wine Enthusiast, no seu Buying Guide, que atribuiu 94 pontos a esta colheita. Referindo-se ao vinho como ‘poderoso, com reminiscências de um porto seco, que demonstra ter densidade e riqueza, com taninos robustos e aromas de envelhecimento em madeira’, os críticos desta publicação terminaram a nota de prova referindo o seu potencial de envelhecimento.

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Esta colheita é de um ano mais quente e seco (considerado um dos melhores anos de sempre no Douro), sendo essa diferença perceptível na maturação, concentração e solidez do Reserva 2011. O verão ameno que se fez sentir e as noites bastante frescas que se registaram neste ano, proporcionaram uvas de enorme qualidade, fazendo ressaltar um aroma complexo e intenso, mostrando um vinho concentrado, com acidez equilibrada e com taninos maduros, bem envolvidos no seu corpo e volume.

Feito a partir de algumas das castas mais tradicionais da região, como a Tinta Roriz, Tinta Amarela, Tinta Barroca, Touriga Nacional, Touriga Franca e Sousão, traduz todo o potencial das vinhas velhas da quinta, datadas de 1947, para a produção de vinhos de carácter duriense: equilibrados e complexos, sedutores e autênticos, de grande elegância e poder de envelhecimento. É o reflexo de todo o seu terroir dentro de uma garrafa.

Situadas a 100 e 300 metros de altitude, as parcelas das vinhas velhas são submetidas a práticas agrícolas sustentáveis, sendo as uvas colhidas à mão, vinificadas em lagares de granito, com recurso à pisa-a-pé, e prensadas numa antiga prensa vertical.

Após a fermentação em lagares, o vinho permaneceu 12 meses em barricas usadas de carvalho francês e americano, seguindo-se estágio prolongado em garrafa.

O nosso enólogo José Luís Moreira da Silva sugere acompanhá-lo com carnes vermelhas, rosbife, um bom bife ou pratos típicos do Douro, como o cabrito assado, borrego ou Polvo.