Estes três vinhos são a expressão do ano agrícola de 2017, um ano atípico, extremamente quente e seco. Segundo o enólogo José Luís Moreira da Silva, “as uvas chegaram à adega concentradas, com fruta mais madura, mas como começámos a vindima muito cedo, ainda com a frescura e equilíbrio que sempre procuramos. Os taninos estão mais suaves e maduros, em relação às colheitas anteriores”.

O Quinta dos Murças Margem 2017 tem origem nas vinhas velhas mais próximas do rio Douro, onde a altitude é mais baixa e a orientação é a Sul e Oeste, o que se traduz na grande concentração e maturação das uvas. Este vinho tinto é a expressão desta concentração e proximidade com o rio, sendo produzidos apenas 5.500 litros. As uvas são pisadas a pé nos lagares de granito e estagia durante 9 meses em barricas usadas de 500 litros.

O Quinta dos Murças Minas 2017 é produzido com uvas de vinhas orientadas a Sul, onde se encontram cinco minas de água que permitem criar a identidade deste vinho tinto. Segundo o enólogo José Luís Moreira da Silva, essa identidade consiste no “equilíbrio entre a concentração e a frescura”.  Os aromas de fruta mais fresca, a sua vivacidade e intensidade remetem para a sua vinha de origem. As uvas são pisadas a pé nos lagares de granito e estagia durante 9 meses em barricas de carvalho francês usadas e em cubas de betão.

O Assobio Tinto 2017, proveniente de vinhas, como as que se encontram orientadas a Norte na Quinta dos Murças, revela boa acidez, é um vinho elegante, menos concentrado e muito fresco. Segundo o enólogo José Luís Moreira da Silva, este vinho é “a expressão do Douro, nas suas cotas de maior altitude e frescura.” Produzido com base nas castas autóctones mais tradicionais da região – Touriga Nacional, Tinta Roriz e Touriga Franca.